Rituais Druidicos
Os rituais druídicos normalmente envolvem uma bênção ao local, um pedido de paz, oferendas aos espíritos do local - para que haja aceitação mútua no local -, oferendas às deidades, ações de cura, divinação com ogham, ações físicas (como passar pelos fogos de beltane ou realizar danças rituais), orações, circumambulações - movimento circular para a marcação de uma área sagrada em torno de um ponto central -, evocações/oferendas aos ancestrais e deidades, honra aos seres dos três reinos (mar, terra e céu) e um banquete ritual onde bebida - normalmente cerveja e hidromel - e comida - pães, bolos, grãos, frutas - são partilhados entre todos os participantes.
Retirado do http://www.druidismo.com.br/
- Sobre Rituais
A palavra liturgia vem do grego leitourgía, formada de leit-
< laós, "povo", e -ourgós < érgon, "trabalho". Assim,
liturgia, etimologicamente, significa o trabalho realizado para/em nome do
povo. Esse era o sentido da palavra para os gregos clássicos. A concepção
atual, de conjunto de rituais determinados ou prescritos, de modo geral, por
uma religião é uma modificação semântica introduzida pelo cristianismo.
Entre os antigos, a leitourgía era a oferta, em geral de
custo muito elevado, de um serviço ao povo ou ao estado, sendo por isso feita
pelos cidadãos mais ricos. A magnificência no desempenho da leitourgía, sempre
um ato específico e, a um só tempo honorífico e obrigatório, firmava a posição
do responsável por ela ante os demais membros da elite. A principal área onde
se poderia encontrar a leitourgía era a religião cívica, materializada nos
muitos festivais que marcavam o antigo ano grego.
Os romanos conheciam a figura da leitourgía, a que chamavam
munera (plural de munus, substantivo neutro). Sendo a bolsa do patriciado
romano muito mais sensível que a dos seus correspondentes helenos, os nobres da
Cidade Eterna aprenderam muito cedo que os munera deveriam ser evitados sempre
que possível, a não ser que se pudesse obter do povo alguma vantagem.
É comum falar-se em liturgia como algo muito complicado, com
muito passos a ser realizados para que um rito seja adequadamente concluído.
Honestamente, essa multiplicidade de fases e complexidades muitas vezes não é
mais do que uma tentativa de envolver o rito de adoração em um ar de mistério,
o que não deveria ser usado para confundir as pessoas.
A construção dos ritos pode ser aprendida partindo-se de
ideias muito simples, de fácil entendimento. Sobre sua estrutura básica pode-se
construir um rito que será tão singelo quanto as ideias básicas ou muito
complexo, com uma pluralidade de etapas a executar. Pode-se elaborar uma grande
variedade de rituais com diferentes objetivos e diferentes graus de
complexidade, mas encontrar-se-á dentro de todos esses ritos um mesmo padrão
simples, expressivo e harmonioso.
A divisão do padrão do ritual abrange três partes: o centro,
o começo e o final. Por quê não o começo primeiro? Bem, há nisso uma lógica.
Na margem, fora do rito propriamente, ocorre a dedicação do
espaço sagrado. Na margem, fora do rito propriamente, os participantes
reúnem-se e fazem todas as coisas que são necessárias para unir-se em uma mesma
identidade espiritual e para levar essa massa formada de partículas individuais
a um ponto de contato direto com o sagrado. O cerne de tudo necessariamente
será aquele momento para o qual todos estão ali, o ponto em que se oferece,
reverencia-se, abençoa-se ou se consagra.
Novamente, é na margem, fora do rito propriamente, que
encontraremos o final do qual estaremos retornando - passada a ação sagrada
central do rito - para nossas vidas e consciências de costume. Do centro para a
margem o rito é planejado. Da margem para o centro o rito é conduzido.
Ultrapassando a margem, ingressamos no rito e avançamos rumo ao momento de
clímax em busca do qual viemos. Prosseguimos então calmamente, até uma vez mais
retornarmos à margem.
No cento de todo ritual fica o momento culminante, o ato
central de adoração, benção ou transformação, onde se encontra a razão do rito,
o porquê do exercício espiritual que está sendo realizado. A construção de um
rito começa aqui, ao planejarmos uma cerimônia e a finalidade para a qual ela
se destina. Ao planejar um ritual, devemos responder certas perguntas:
- Que desejamos realizar?
- Qual a melhor forma para alcançar esse objetivo?
É no centro que localizamos o ato fundamental do rito.
É importante lembrar que, ao identificarmos o centro, não o
confundamos com o centro temporal, cronológico. A identificação de um ato como
centro da cerimônia baseia-se completamente na função desse ato no contexto do
rito. Em rituais longos, a construção do ato central geralmente consome a maior
parte do tempo, com os passos finais ocupando somente uma porcentagem diminuta
do tempo total. Em uma cerimônia que dura cerca de uma hora, o ponto do clímax
comumente será atingido somente depois de 40 ou 45 minutos. Em uma cerimônia de
trinta minutos, o ato central comumente será encontrado após 20 minutos do
início. Mas isso não é uma regra rígida, é apenas o que geralmente se vê.
Três elementos a lembrar sobre o centro de um ritual: a
razão do ritual, o objetivo do ritual, o apogeu do ritual.
O modo mais eficiciente para conduzir ao clímax de um rito é
a preocupação que ocupa nossas mentes ao delinearmos o começo de uma cerimônia.
É no princípio do rito que ponderamos sobre a melhor forma para agregar a mente
espiritual das pessoas presentes. É também durante esse estágio inicial que
estabelecemos e identificamos o espaço sagrado e como se liga ou se demonstra a
cosmologia de nossa realidade sagrada. A ligação ritual inicial com as
divindades, ancestrais e outras forças espirituais é estabelecida durante o
começo de qualquer cerimônia. O começo de um rito deve establece o foco e a
identidade espirituais dos participantes, identificar e estabelecer o tempo e
espaço rituais, estabelecer a conexão com a cosmologia sagrada, as divindades e
as forças espirituais.
Três elementos a lembrar sobre o começo de um ritual: como
se reunir, como estabelecer o espaço sagrado, como ligar-se aos Deuses.
Não se passa de um momento de intensidade espiritual
diretamente de volta para a vida quotidiana. Assim, deve existir também uma
parte de encerramento da cerimônia. É no encerramento do ritual que se dá tempo
para os participantes buscarem seus objetivos pessoais, afrouxar a tensão e
retomar contato com a realidade comum depois de um ato de forte carga
espiritual. É necessário oferecer um caminho pelo qual todos possam suavemente
voltar ao mundo das percepções normais à realidade comum. Podemos novamente nos
aproximar da margem e, serena e suavemente, deixar o mundo da realidade ritual
e retornar a nossas vidas. No final da cerimônia, dedicamos algum tempo para
agradecer aos Deuses e ancestrais por sua participação e relações espirituais
conosco, acrescentando um momemento de tranquilidade e quietude.
Três elementos a lembrar sobre o fim de um ritual: serenar,
voltar, relaxar.
O ritualista iniciante deve evitar a tentação de prolongar
desnecessariamente uma cerimônia incluindo etapas ou atividades adicionais.
Embora esses passos ou atividades adicionais possam ter a intenção de
intensificar ou aperfeiçoar a experiência do ritual, é mais a sua adequação do
que a sua quantidade que deve fornecer a base para a escolha de quais atos incluir
em qualquer cerimônia. Uma ação deve fluir, resultar na próxima ação, sempre
com vistas ao ápice central do rito. Depois, as ações devem fluir do centro de
volta para um ponto de calma e paz. Um fluxo espiritual adequado é a
consideração primordial ao selecionar que etapas incluir e quais deixar de fora
em uma cerimônia. Cada ação deve servir de apoio à formação do objetivo central
do ritual. Desse modo, algumas ações podem encaixar-se bem no contexto de uma
dada cerimônia e encontrar-se totalmente deslocadas no contexto de outra.
Três elementos a lembrar sobre ações rituais: sua adequação,
seu fluxo, seu contexto.
Do centro para a margem o rito é planejado. Da margem para o
centro o rito é conduzido.
Três elementos a lembrar sobre o centro de um ritual:
a razão do ritual
o objetivo do ritual
o apogeu do ritual.
Três elementos a lembrar sobre o começo de um ritual:
como se reunir
como estabelecer o espaço sagrado
como ligar-se aos Deuses.
Três elementos a lembrar sobre o fim de um ritual:
serenar
voltar
relaxar
Três elementos a lembrar sobre ações rituais:
sua adequação
seu fluxo
seu contexto
Retirado do
site http://bellovesos.multiply.com/
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