terça-feira, 7 de novembro de 2017

A poderosa Lei de Pemba




A pemba, de origem africana, é um instrumento ritualístico de alto significado. É normalmente utilizada para riscar pontos pelas entidades e pelo médium, visando estabelecer contatos vibratórios com as esferas espirituais. Se for aplicado de forma incorreta, poderá produzir resultados diferentes daqueles esperados.
Grafia Sagrada dos Orixás, é muito ampla e apresenta a necessidade de exposição pessoal e, por sua vez, poderia ser até desastroso pessoas sem "Ordens e Direitos" manipulá-la. A pemba praticamente é usada em quase todos os rituais de umbanda. Por carregar o axé, a pemba é saudada como um divino instrumento, dedicando-se até pontos cantados e reverências específicas.
Na Umbanda, em seus diversos momentos de entendimentos, encontramos várias formas de apresentação desses Yantras, sendo os mais comuns, os de cunho exotérico (externo/aberto), aqueles onde são utilizados estrelas, ondas, flechas, cruzes, luas, etc, que têm os seus resultados em suas aplicações; e, encontramos, também, os de cunho esotérico (interno/fechado) onde são utilizados : direcionamentos, Raízes e chaves, através da grafia Adâmica e afins (leia o Arqueômetro de Saint Yves - Edições em português, espanhol e francês). Apenas para sua referência, esta grafia são clichês (Yantras), os quais são utilizados pelas entidades e Médiuns Magistas (com a presença ou não de espíritos) para acionarem/projetarem no Plano Astral a movimentação de forças sutis com um determinado fim.
A pemba, através do seu elemento ígneo, fogo, manipula as energias psíquicas do ser humano; pela água lava, limpando o espiritual da áurea; pelo ar transporta para o campo de origem; pela terra, através de seus filtros, retorna suas funções equilibrantes.
Seu uso estabelece relação entre o universo da forma e o espiritual ou etérico. A pedra encerra os quatro elementos naturais e suas manifestações. Assume aspecto neutro e, devido a isso, significa Lei e Justiça. Imutável mediante a terra e o ar, a pedra é sensível à água, mudando de tom quando está molhada, deixando ser levada pela correnteza dos rios.
Pela pureza, a pemba é um dos poucos elementos que pode tocar acabeça do médium, sendo utilizados para lavagens de cabeça, banhos de descarrego, etc. Confecciona-se a pemba com uma substância chamada "caulim" (argilapura de cor branca), importado da África. Com o tempo, o "caulim” foi substituído pela dificuldade de importação, pelo "calcário" e a "tabatinga".
É misturado ao caulim, pós resultante da torra e trituração de algumas sementes como o Alibê, a Nóz-moscada, Dandá da Costa, Ataré, Aridan, Obi e Orogbô. Existem pembas de varias cores (adição de corante) mas a branca é a mais utilizada. É suma importância o cuidado em escolher e em como usar a pemba! Não é apenas um giz!
Porém há "traços" que indicam a desarmonia do médium, em geral são "riscos" desarmônicos e sem sentidos. O nosso coração e a aproximação de uma entidade de fato poderão trazer e decifrar o seu significado. Alguns destes traços são parecidos com o do alfabeto adâmico, sânscrito ou de vanagário.
Em relação aos ditos "traços" realizados pelas entidades ou médiuns de fato, há além de um grande significado uma abertura "atemporal" para a emanação de energia. A Pemba é sagrada, serve também pra descarrego do corpo e do terreiro, pra cruzar os quatro cantos, etc... A pemba e importantissima sim, mas muitos encaram apenas como um "giz" esquecendo todo o ero que envolve este objeto ritualístico.
Como na umbanda não e permitida a pratica das curas, com navalhas ou bisturis, a pemba faz a cruza dos chacras, simbolizando o corte de abertura dos mesmos para receber o amassi. A pemba tem várias finalidades e formas ou modelos para serem confeccionadas. No culto de nação da derivante KETO é utilizada também com a mesma finalidades dos umbandistas.
Carlinhos Lima

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