terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ritual para comemorar o Samhain (Halloween)


  • Objetos

Monte um altar com os seguintes objetos:
    • 2 Velas negras
    • 1 guirlanda feita com flores do outono (caso não tenha, coloque no altar apenas as flores)
    • 1 Coroa do Deus Cornudo (simbolicamente trata-se de uma coroa com chifres, mas pode ser substituída pela cornucópia no altar)

Para o ritual
    • 4 Velas vermelhas
    • Trajes de celebração na cor preta ou laranja
    • Uma fogueira ou caldeirão com fogo dentro (pode ser uma vela acesa dentro)
    • Sal suficiente para traçar o círculo mágico no chão e ainda sobrar
    • Bilhetinhos com nomes de pessoas, sentimentos ou qualquer outra coisa que o bruxo queira bem longe da sua vida 


  • O ritual



Vista-se adequadamente com trajes de celebração na cor preta ou laranja, depois, faça um círculo mágico bem grande (com o sal) e coloque uma fogueira ou caldeirão com fogo no centro.


  • 1ª Parte do ritual
Em cada ponta do pentagrama do círculo mágico, coloque uma vela vermelha e dedique-as aos quatro elementos. Em seguida diga em voz alta ou em silêncio:
"Ó Deuses amados por todas as bruxas, abençoem este nosso sagrado Sabbat,
tua humilde serva pôde reunir-se a Vós hoje,
no amor, na alegria e na felicidade.
Abençoem meu ritual esta noite com a presença dos espíritos dos mortos".


Vire-se para o norte com os braços erguidos para cima e invoque o Deus Cornudo com o seguinte poema:
"Deus masculino,
Cornudo divino,
Esteja comigo esta noite, 
Dê-me poder e visualização, através dos mortos."

  • 2ª Parte do ritual
ATENÇÃO: ESTA PARTE DO RITUAL É OPCIONAL, CASO NÃO QUEIRA FAZER PULE PARA A PARTE 3.
Vire-se para a ponta do pentagrama que simboliza o espírito do bruxo ( a que fica na parte de cima do pentagrama) e feche os olhos enquanto mentaliza os entes queridos que já morreram ou seus animais de estimação, caso prefira. 

Após este momento de homenagem e amor aos mortos, abra os olhos e posicione-se no centro do pentagrama, próximo ao caldeirão, e diga o seguinte:
"Terrível Senhor das sombras,
Deus da vida e possuidor da morte!
Agora dê-me o Teu conhecimento sobre os mortos,
abra e amplie minha clarividência, eu rogo por isto!
Abra os portões misteriosos por onde todos os homens um dia passam
e traga os espíritos perdidos para mim.
Que eles me sirvam para sempre, 
dizendo-me o que preciso saber,
revelando os segredos dos vivos!
Eis aqui, o toque do destino."

Feito isto, a bruxa recebe do Deus cornudo o dom da clarividência, pois apenas os espíritos podem revelar o que se quer descobrir.

  • 3ª Parte do ritual
Pegue um dos bilhetinhos e jogue na fogueira (ou no fogo do caldeirão) para que queime completamente e diga:
"Com o fogo te liberto.
Retire-se da minha vida.
Que os espíritos te encaminhem 
para bem longe de mim!"

Após dizer estas palavras, jogue um punhado de sal no fogo.


Repita este procedimento (dizer as palavras, queimar o bilhete e jogar sal) para cada um dos bilhetinhos, até queimá-los todos. Feito isto, desfaça o círculo mágico e deixe o fogo da fogueira queimar e apagar naturalmente, não o apague. Somente desfaça o altar após o fogo se apagar.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

A importância do ponto riscado




O ponto riscado é uma espécie de primeira identificação símbolo do ritual religioso. Ele revela o deus, suas características e funções. Cada motivo será interpretado, combinado e quantificado diferentemente, resultando num conjunto visual que tambem sintéticamente fala do deus como uma biografia visual. Refletem-se os pontos riscados nos bordados das roupas e toalhas utilizadas nos rituais da Umbanda, como também nos atabaques, pinturas sobre paredes, além de placas de sinalização dos terreiros.
Uma das manifestações mais ocorrentes de fundo heráldico, é o elenco variadíssimo de pontos riscados. Geralmente com o uso da Pemba nas cores simbólicas específicas de deuses, guias, santos, entre outros. Os pontos são firmados ou riscados com ordem e execução cerimonial. O ponto poderá ser individual, de uma família ou linha, de um estilo de culto, de um terreiro. O desenho ocorrerá sobre tábuas em madeira ou no chão, próximos a altares ou a outros marcos de culto, dentro e fora do âmbito do terreiro.
Os pontos riscados tradicionalmente são de liturgia da Umbanda, Umbanda de Raiz como dizem os adeptos que seguem esse modelo de forte assimilação banta e assimilação católica. Também a Umbanda assumiu elementos do Candomblé, ganhando assim uma estética hibrida, ampliando símbolos e objetos, e isto se reflete também nos pontos riscados que variaram os repertórios originais. O ponto riscado será também de função iniciática e para rituais purificadores.
Há ainda uma combinação de pontos riscados com velas, copos d´água, garrafas de bebidas, utensílios de barro e diferentes oferecimentos de animais e comidas. Muitas vezes o ponto riscado é a base para uma obrigação ou ainda para invocar um deus. O ponto riscado é também resposta à invocação, sendo firmado pelo próprio deus, autenticando sua chegada e atestando quem é e o que é também capaz - uma autenticação de identidade ritual.
Um Ponto O Ser Supremo, a origem.
Uma Linha Reta O Mundo Material.
Duas Linhas Retas O Princípio. o Masculino e o Feminino.
Uma Linha Curva A Polaridade.
Dois Traços Curvos As duas polaridades – positiva e negativa.
Um Triângulo de Lados Iguais A Força Divina – Pai, Filho e Espírito Santo – Santíssima Trindade.
Isosceles
Dois Triângulos (Hexagrama) Estrela de seis pontas – todas as Forças do Espaço.
Hexagrama
Um Quadrado O os 4 elementos (Água, Terra, Fogo e Ar).
Quadrado

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A luz espiritual da Umbanda Astrológica




Proteção angelicial
É a “UMBANDA-ASTROLOGICA”, o renascimento dos velhos princípios, titubeantes ainda, mais a névoa já é menor. A codificação; é pouco. Escrevem-se “livros”de doto gênero. Nova confusão. O neófito perde-se na entrada do “Templo”.
Concorrem as diversas correntes espiritualistas, os ramos de uma árvore, quer através de suas obras ou de seus membros, para reerguer as velhas tradições, concretizando-as na “Umbanda”, provocando um movimento de caráter nitidamente evolutivo e sem fanatismo.
“A “Umbanda” não é espiritismo, esoterismo,teosofia, mentalismo, como muitos julgam. Ela é tudo isso e muito mais: é também magia.” De suas origens se deduz que ela é conhecimento (Magia), sob aspectos básicos de filosofia, ciência e religião. É FILOSOFIA, porque estuda os problemas gerais relativos aos sumos princípios de interpretação do Cosmos e a intuição universal da realidade em que se fundamenta. Admite uma única Lei. A lei de Umbanda baseada na moral e na ética, a da causa que é o próprio efeito, a realidade única indefinível, Olorun (Deus).
É CIÊNCIA, porque estuda racionalmente os fenômenos de ordem psíquica e física, comprovado pela experiência suas Leis. Tem como meio de pesquisa os métodos e processos da Psicologia, Psicanálise, dos estados Anímicos, Mediúnicos e Mentais; do Magnetismo, Hipnotismo, Matemática, Química, Física, Botânica, Zoologia, Geologia, Arqueologia e das demais ciências chamadas Acadêmicas e Herméticas.
É RELIGIÃO, porque mantém “um culto”e uma liturgia baseada em “símbolos” com caráter : “MONOTEISTA” por venerar somente um Deus, em Espírito e Verdade, não passível de representação; NATURAL, pela consciência do mundo com as forças que o impulsiona; MORAL, pela consciência do ser em si mesmo, das idéias de progresso espiritual; REDENTORA, pela consciência em Deus, quer por abstração negativa, como Buda, quer por abstração positiva, como Jesus Cristo.
A “Umbanda”é, pois, a religião da “natureza”, da “moral” e da “redenção”. Segue os ensinamentos de Jesus Cristo, condensados em seu único mandamento: “Ama o próximo como a ti mesmo, para que possas amar a Deus acima de tudo”. Não é nova a revelação, porque a revelação é Una é o pensamento através do tempo, expresso em conhecimentos.
DEFINIÇÃO : Definiríamos a Umbanda como: “O CONJUNTO DOS CONCEITOS E PROCESSOS DE ORDEM FILOSÓFICA, CIENTÍFICA E RELIGIOSA, COM A FINALIDADE DE EVOLUÇÃO MATERIAL ESPIRITUAL DAS FORÇAS INTRÍNSECAS E EXTRÍNSECAS QUE REGEM O HOMEM”.
“UMBANDA UNIVERSAL E MATER”
O caráter de “Conhecimento, Revelação e Tradição”, assegura à “Umbanda” sua “Universalidade” nos diversos matrizes da “Filosofia, Ciência e Religião”:
É o que se conclui, por dedução do que nos conta a sua origem.
É a “Mater Filosofia-Ciência-Religião” una em seu trino aspecto básico, fonte primitiva de “Quando o Mundo não era Mundo”, d’onde brotam, através dos tempos, os atuais “Conceitos Universais”. E ao inserir os conceitos astrologicos a Umbanda-Astrologica, coloca o homem em conexão com o cosmo, pela via do caminho das estrelas e da luz espiritual.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A MACUMBA, A MACUMBA URBANA E A UMBANDA




Como resultado da inconteste hegemonia religiosa Sudanesa (Ijêxá, Kêtu, Òyó, Ifé e Benin - enfim, Nàgô) e sua posterior rejeição às outras correntes religiosas negras, surgiram os Candomblés de Nação Congo e Angola que, por sua vez, expeliram de seu meio o elemento indígena que veio então a dar origem ao Candomblé de Caboclo e ao Omôlocô. E, assim, houve um reflorescimento do sincretismo religioso dos ritos indígenas-católicos com o Panteão Africano e vê-se que, lado a lado, com Oxalá, pontificam Tupã e Zambi; ao lado de Yemanjá, estão Janaína e as Yaras; ao lado de Ogum, combatem Cariri e o Boaiadeiro; ao lado de Oxosse, corre o Sultão das Matas; ao lado de Exú, reinam o Caipora e Zé Pelintra, junto aos Baba Egun e a Falange do Oriente, estão os Caboclos Tupinambá, Tupiara, Jaú, Irerê, Pedra Negra, Pena Branca, Seô Quatro Olho e muitos outros mais.
Carlinhos Lima

sábado, 7 de outubro de 2017

CONJURAÇÃO DOS SETE

CONJURAÇÃO DOS SETE EM NOME DE MICHAEL, QUE JEOVÁ TE MANDE E TE AFASTE DAQUI, CHAVAJOTH. EM NOME DE GABRIEL, QUE ADONAI TE MANDE E TE AFASTE DAQUI, BAEL. EM NOME DE RAFAEL, DESAPARECE ANTE ELIAL, SAMGABIEL. POR SAMAEL-SABAOTH E EM NOME DO ELOHIM GIBOR, AFASTA-TE, ANDRAMELECK. POR ZAKARIEL E SACHIEL-MELECK, OBEDECE ANTE ELVAH, SANAGABRIL. NO DIVINO E HUMANO NOME DE SHADAI E PELO SIGNO DO PENTAGRAMA QUE TENHO NA MÃO DIREITA, EM NOME DO ANJO ANAEL, PELO PODER DE ADÃO E DE EVA, QUE SÃO JOT-CHAVAH, RETIRA-TE, LILITH; DEIXA-NOS EM PAZ, NAHEMAH. PELOS SANTOS ELOHIM E EM NOME DOS GÊNIOS CASHIEL, SEHALTIEL, AFIEL E ZARAHIEL, PELO MANDATO DE ORIFIEL, RETIRA-TE MOLOCH. NÓS NÃO TE DAREMOS NOSSOS FILHOS PARA QUE NÃO OS DEVORES. AMÉN... AMÉN... AMÉN...

terça-feira, 3 de outubro de 2017

A importância do Otá




Otá, okutá ou okuta no candomblé e em outras religiões afro-brasileiras afins, é uma pedra-fetiche. Podendo ser (seixo de rio), ou de outra parte da natureza, sobre a qual o axé (a "força sagrada") de um orixá é fixado por meio de ritos consagratórios, que constitui seu símbolo principal, encontrado em todos igba orixá. Guardam-se o otá no peji "altar sagrado" da casa de candomblé, geralmente dentro de vasilha tampada ou em um alguidá , por vezes vestida com os trajes cerimoniais do orixá, mergulhadas em mel, azeite doce, Ori (manteiga), dendê, junto com outros fetiches. Também é chamada de itá e otá-do-santo. Um termo muito comum na casa de santo diz que sem pedra "ota" não há orixá, (Kosi Okuta kosi orixá). A escolha de um Okuta (otá) para igba orixá depende muito do conhecimento de um sacerdote, devendo ser selecionada por um babalorixá ou iyalorixá e consagrada imediatamente por um Ojugbó.
Carlinhos Lima