terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Yemanja e Oxum

OXUM E YEMANJÁ OXUM, a bela entre as belas, gostava de passear pelo monte. Cantava e brincava com os animais, porque ela amansava as feras e evitava seus ataques e emboscadas. Um dia OGUN, o ferreiro infatigável que vive na mata úmida e fechada, viu passar a bela OXUM e sentiu que também ela lhe transpassara o coração. Impetuoso e bruto, correu atrás dela e isso incitava mais ainda o seu desejo e sua vontade de tê-la em seus braços. OXUM, que estava apaixonada por XANGÔ, ficou muito assustada. Ágil como um antílope, em sua rápida corrida, atravessou os verdes campos de agrião de ORISHÁOKO, o ORIXÁ que assegura a fecundidade da terra. Mas OGUN, entusiasmado, estava quase alcançando-a. Foi então que OXUM, desesperada, se lançou ao rio. Arrastada pela correnteza, chegou até a foz do rio, onde tropeçou na poderosa YEMANJÁ, mãe de todos os ORIXÁS. Compadecida, YEMANJÁ a tomou como protegida dela e a presenteou com o rio para que ali pudesse viver. Para alegrá-la, a cobriu de pedras preciosas, corais e infinitas riquezas. Por isso é que OXUM vive no rio e quer tão bem a YEMANJÁ.

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