O conceito da Lei Tríplice como conhecemos surgiu com a wicca. Para
aqueles que não conhecem a religião wicca, é comum acreditar que a rede
wicca entra em conflito com a Lei Tríplice.
Entretanto, este conflito não existe. Ao contrário, a Lei Tríplice
confirma a rede wicca, pois segundo esta, todos somos livres para
fazermos o que quisermos, desde que isto não cause mal aos outros.
A Lei Tríplice, por sua vez, prega que tudo que fazemos retorna a nós
três vezes mais forte. Claudiney Pietro, em seu livro “Wicca – Ritos e
Mistérios da bruxaria moderna”, nos ensina que:
Esta é a única lei da wicca e deixa claro para todos os bruxos que
praticar a magia não é o mesmo que interferir na vida alheia. Manipular
pessoas, provocar separações e sofrimentos não condiz com os preceitos
da bruxaria moderna e aqueles que insistem em realizar estas práticas,
sofrerão o retorno do Universo.
Nenhuma energia é perdida, tudo que emana do bruxo a ele retorna!
Até a prática de algo que parece ser uma boa conduta, pode na verdade
ser uma grave interferência no destino de outras pessoas e isto desperta
a fúria dos Deuses, pois ao encarnarmos temos uma missão, uma vida com
lições individuais que devem ser aprendidas para que nosso espírito
evolua. A interferência alheia só atrasa e dificulta o ensinamento de
cada um.
O bruxo, ou bruxa, deve ficar distante e não se envolver nos problemas e
desafios alheios. Interferir com magia para alterar destinos trará
graves consequências ao bruxo (ou bruxa).

Por isso, a pessoa que faz este tipo de bruxaria não conseguirá ser
feliz no amor, especialmente com o indivíduo que ela separou de outra
pessoa através de magia. Esta pessoa estará condenada pela Lei Tríplice a
sofrer com relacionamentos destruídos e com desilusões.
Magia é criada para contemplação dos Deuses, elevação do espírito e
prática do bem. As magias de proteção e bênçãos são as que mais
enriquecem a vida dos bruxos e bruxas, porque a energia gerada é
positiva e harmoniosa.
Portanto, a Lei Tríplice deve ser usada em favor do bruxo ou da bruxa
através da prática do bem, pois os feitiços são o centro vivo da prática
da bruxaria, seja na wicca ou em outras tradições, e como bem nos
ensina Claudiney Pietro: “Feitiço é um conjunto de técnicas e
conhecimentos específicos que quando colocados em prática, enviam uma
projeção mental ao Universo.”
Assim, o bruxo (ou bruxa) deve entender que os feitiços agem diretamente
com a natureza e como tudo nela possui energia (até mesmo o que está
morto emana energia), é possível canalizar estas energias para agirem em
benefício daqueles que as utilizam.
O bruxo (ou bruxa) deve ter em mente que não é senhor (ou senhora) da
natureza e que ela é forte demais para ser subjugada. Portanto, grandes
bruxos e bruxas estão sempre em harmonia com o Universo, apenas
usufruindo de todo o poder que aprenderam a utilizar e respeitar.
Scott Cunningham em seu livro “Guia Essencial da Bruxa Solitária”, dá
algumas dicas de como o bruxo (ou bruxa) pode utilizar seu poder e
evitar punições dos Deuses:
1. O Poder não deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar
os outros. (Se surgir necessidade para tais atos, o Poder deverá ser
usado APENAS para proteger sua vida ou de outros);
2. O Poder só deve ser utilizado conforme as necessidades;
3. O Poder pode ser utilizado em seu benefício, desde que ao agir não prejudique ninguém;
4. Não é sábio aceitar dinheiro para utilizar o Poder, pois ele
rapidamente controla o que o recebe. Não seja como os de outras
religiões;
5. Não utilize o Poder por motivo de orgulho, pois isto desvaloriza os mistérios da Wicca e da magia;
6. Lembre-se sempre de que o Poder é um Dom sagrado da Deusa e do Deus, e não deve JAMAIS ser mal usado ou abusado;
Os verdadeiros bruxos e bruxas praticam magia para serem abençoados
pelos Deuses, para atraírem fortuna e prosperidade para as suas vidas,
para viverem com saúde e amor e principalmente, para permanecerem unidos
aos Deuses. Estas são magias benéficas e que interferem apenas na vida
do próprio bruxo (ou bruxa).
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