segunda-feira, 11 de abril de 2016
FRATERNIDADE
FRATERNIDADE
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 13, versículo 35.
Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.
Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do Universo e da Vida.
Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé.
Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.
Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e manejando o punhal.
Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista.
Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à Humanidade inteira.
Edificamos palácios e basílicas, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos de que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.
E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.
Entretanto, a palavra do Cristo é insofismável. Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores...
Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras...
Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.
Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente...
Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou com clareza e segurança: — “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.”
(Do livro Fonte Viva, Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
APARÊNCIAS
André Luiz
Francisco Cândido Xavier
Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos.
Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão.
Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado.
Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante.
Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação.
Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos.
Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas.
Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência.
Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.
Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.
(Do livro "Agenda Cristã", 24, pelo Espírito André Luiz, Francisco C. Xavier)
NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:
http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
EXPERIÊNCIAS DIFÍCEIS
André Luiz
Francisco Cândido Xavier
A beleza física pode provocar tragédias imprevisíveis para a alma, se esta não possui discernimento.
Excessivo dinheiro é porta para a indigência, se o detentor da fortuna não consolidou o próprio equilíbrio.
Demasiado conforto é desvantagem, se a criatura não aprendeu a arte de desprender-se.
Muito destaque é introdução a queda espetacular, se o homem não amadureceu o raciocínio.
Considerável autoridade estraga a alegria de viver, se a mente ainda não cultiva o senso das proporções.
Grande carga de responsabilidade extermina a existência daquele que ainda não ultrapassou a compreensão comum.
Enorme cabedal de conhecimento, em meio de inúmeras pessoas ignorantes, vulgares ou insensatas, é fruto venenoso e amargo, se o espírito ainda não se resignou à solidão.
(Do livro "Agenda Cristã", 27, pelo Espírito André Luiz, Francisco C. Xavier)
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