sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A Umbanda nos liberta, não escraviza ninguém!




O desenvolvimento mediúnico também merece um destaque especial quando se fala de busca espiritual.
Muitos jovens têm os seus dons mediúnicos aflorados e acabam por encontrar dentro da Umbanda uma forma de desenvolve–los de forma ordenada, equilibrada e extremamente prática. Na Umbanda a "missa" chama - se "trabalho" e um trabalhador é o umbandista.
Mas, na grande maioria dos templos não existe uma abertura para que o jovem tenha vez e voz, tanto na Umbanda, quanto no Candomblé. Isso, porque as pessoas se amarram demais em abrir os conhecimentos, explicar os conceitos e imprimir charme na Umbanda. Preferem ficar amarrados na Tradição, cheios de cara feia quando se fala em abrir mais os termos e a elevação dos ritos. Vemos porai muitos templos que tem muita gente, mas, que não se abre aos jovens.
Os quatro pilares são Arte, Ciencia, Filosofia e Religião. E assim todas tem que vibrarem harmonicamente. Por isso a filosofia tem que se adequar aos novos tempos, imprimindo a arte, aperfeiçoando a cultura com um toque de ciencia voltada ao espiritua, tornando assim a religião mais rica em detalhes, mais acessivel e mais artistica. Nesse ponto o que se volta a arte o candomblé se encontra a frente da Umbanda, pois cultuam os orixas com muita musica, sonoridade ritualistica e arte.
Além disso, a pessoa vai se autoconhecendo, entrando em contato com a egrégora da religião e com as forças e virtudes dos amados Pais e Mães Orixás, lapidando naturalmente sua consciência e equilibrando suas emoções, sem a necessidade de "uma pregação - evangelização moralista" ou o uso de um “cabresto doutrinário” para a prática da mediunidade - caridade. Sempre respeitando o "tempo" de cada um, e acreditando no crescimento espiritual como um processo natural. E assim que a Umbanda-Astrologica vem sendo aceita, crescendo a cada dia, pois, não puxa o ser humano para os templos exteriores, mas, para os Templos internos que se conectam a alma cosmica.
Dentro da religião o umbandista religa-se diretamente ao sagrado, quando se abre a mente, se ilumina o espirito e se prega ao amor. É apresentado aos Pais e Mães Orixás e aos seres encantados e naturais, representantes diretos Deles na criação, criando assim uma consciência de preservação e culto a natureza. Mas, não devemos só cultuar a natureza, pois o que a em baixo é reflexo do que ha em cima. Por isso eu como comtemplador de astros, enxergo o orixa como representante das estrelasl, do som, da luz da Lua e dos elementos não só da natureza, mas de todas as galaxias.
E assim a Umbanda-Astrologica encontra sua tonalidade, seu aspecto jovial, sendo um tema, mais ligado as pesquisas, a encanto do belo, do bom e dos segredos da alma. Ao comtemplador que comtempla a beleza de Oxum, ou da magnitude do por do sol, vislumbra o brilho das estrelas, ou que se encanta com os arcanos do Tarô passa a entrar em contato com a juaventude da alma. Atraves da arte e de uma nova filosofia.
Importante também é a conscientização do templo vivo que cada um de nós somos, de que nós somos responsáveis pela religião e pela nossa própria espiritualidade. Dizemos que Deus está em tudo e Tudo É, e o umbandista procura Deus dentro do próprio coração. É lá também que nós assentamos os amados Pais e Mães Orixás, o que faz com que tenhamos um contato íntimo e direto com Eles, dispensando a figura de um sacerdote como “supremo pontífice”.
Tudo isso cria um lindo universo religiosos que tem atraído cada vez mais jovens para dentro dele, jovens que se esclarecidos e conhecedores dos fundamentos de sua religião, tornar-se-ão melhores pessoas e levarão a Umbanda com orgulho, amor e honra, Portanto, vamos estudar e praticar cada vez mais. Tenhamos orgulho de dizer “que somos umbandistas!” Saibamos explicar e desmistificar nossa religião. Busquemos o desenvolvimento íntimo, as posturas sadias e criativas. Nunca foi tão fácil estudar espiritualidade, nunca houve tanta abertura de conhecimento dentro da religião de Umbanda.
Pensemos em todos os antigos sacerdotes que com fé, honra e amor levaram a Umbanda para frente, sempre trilhando um caminho de luz, mesmo com muito pouca informação, com perseguições, dificuldades, etc. Eles lutaram não pelo descarte do velho, mas, pela elaboração do novo com bases na Tradição.
Agora é a nossa vez, a espiritualidade está dando todas as oportunidades, tudo para que a Umbanda cresça e vença o preconceito, a intolerância e os abusos cometidos contra ou em nome Dela. E tenho certeza que nisso o jovem tem muito a contribuir, sendo tanto “hoje” como “amanhã” um umbandista sério e esclarecido. E não estou falando apenas dos jovens de “idade física”, mas sim, dos que mantêm suas mentes e corações sempre jovens, buscando crescer e aprender sempre, unidos pelo ideal da Umbanda. Mas, não só se referindo a Umbanda como um caminho, mas, como portal, por onde se estuda e se usa diversas ferramentas e uma delas é a Astrologia.

Temos que ocupar nossos jovens com alguma coisa util e a busca da espiritualidade é muito importante. Muitos se lançam no caminho das drogas do crime ou prostituição por não serem aceitos, compreendidos ou por não conseguir que os oriente com paciencia. As Igrejas hoje estão cheias de jovens que gritam constantemente o nome de Jesus. Aparentemente está tudo, bem nem todos acharão suas respostas na Biblia ou nas palavras do pastor. Porque muitos temas que a religião moderna que estas seita e até o catolicismo representam tentam fechar a busca de respostas de temas importantes, como por exemplo a sexualidade.
Quando se fala em Umbanda sabemos que as personificações se dividem em tres, Caboclos, Pai Velho e Criança, mas o importante em se explicar é que essas linhas se cruzam e temos atuações de todas as linhas em todos os niveis. Entre essas, tem uma linha que eu chamaria de Linha dos Guerreios é um meio termo entre todas as linhas, é essa linha que representa os jovens. O funkeiro, o esportista, o musico, o atleta etc. Ou seja todo aquele que está dispontando pra vida, e é uma faixa que vai da adolescencia a idade adulta dos 14 aos 28 anos, por isso vibra entre Caboclos pela vibração de Venus, e de Guerreiros, pela vibração de Marte, para poder entregar aos Pais mais experientes a partir da vibração de Saturno aos 29 anos.
Esses gurreiros atuam em feminino e masculino e passa por todas as linhas, pela vibração solar aliada a Venus e Marte. Essa a Linha dos guerreios que os orixas usam pra trabalhar com os jovens e na sua evolução.
Veja que as escolas de samba, o canaval de Salvador, de Recife e de todos os lugares do Brasil onde se festeja, a onda de popularidade é alta. E todo esse movimento vem da cultura afro, ou ainda mais longe da Umbanda verdadeira atravaés dos tempos. Esse mesmo conceito de abertura popular com os conceitos mais acessiveis, onde a juventude ganhe seu destaque e seu espaço. Assim a Umbanda um dia vai ter o seu espaço merecido tambem entre o publico seja de que idade for. A verdadeira cultura da busca espiritual e culto aos ancestrais, deve ser plena, sem discriminação de raça, idade ou formação cultural.
Carlinhos Lima - Asttrologo, Tarologo e Pesquisador.


quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A REVOLTA - por EXU MARABÔ




Olá irmãos
Que a paz de Oxalá esteja com todos
Hoje recebemos esta mensagem por um Espírito da linhagem do Exu Marabô refletiremos sobre as sábias palavras de grande amigo:
"A Revolta é o sentimento mais impuro e indigno que um ser humano pode estabelecer em seu coração, Nós seres da Luz que trabalhamos nas trevas da ignorância somo s a prova viva, ou melhor, prova morta disso.
O Amor constrói laços afetivos, o amor trás sentimentos bons, o amor trás satisfação, já o ódio que é o amor multiplicado, prejudica, arma e fere todas as pessoas que lhe cercam. Todos são diferentes da Revolta.
A revolta é o sentimento que repulsa dentro de nosso corpo prejudicando a ele mesmo, como cupim num barco de madeira;  mata por dentro, sem ser notado, Mata devagar sem ser percebido. Mata silenciosamente sem ser ouvido.
A revolta  prejudica o mais profundo de nosso âmago, é ela a prejudicial de vivermos uma vida sem escrúpulos, vivemos pela obsessão de cessar essa revolta que nos perturba. Colocamos a culpa de nosso revolta aos outros, mas intimamente sabemos que a verdade ela é nossa culpa.
A revolta é um sentimento individual e intransferível, a revolta que faz nós seres de luz ainda estarmos aqui nas trevas.  Quisera eu Deus o onipotente retirar a revolta que mesmo controlada ainda teima em resistir a minha luz e a minha vontade de ajudar o próximo.
Quem sabe a cura da revolta seja como disse Ele: Amai o próximo como ele os Amou.
Por estes motivos não caiam na revolta pois ela é a armadilha que levará vocês a perdição e somente nós de Capas Pretas poderemos auxiliá-los.
Ahman Marab Abdhô"
>>>Texto psicografado por: Pai Léo Del Pezzo
Que Oxalá nos abençoe sempre
Saravá

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Ajalá é o oleiro primordial




Diz um dos mitos que Ajalá foi incumbido de moldar as cabeças dos homens com a lama do fundo dos rios e outros elementos da natureza. Ele moldava as cabeças e as punha para assar em seu forno. Ajalá tinha, contudo, o hábito de embriagar-se enquanto cozia o barro e criou muitas cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. A causa dos problemas que muitas pessoas apresentam antes de serem iniciadas viria exatamente de um ori cru, ou queimado, ou mal proporcionado feito durante alguma bebedeira de Ajalá. Como os orixás não gostam de cabeças ruins, a pessoa ficaria desprotegida, sem a energia do orixá. Depois que Ajalá terminava de fazer os oris (cabeças) Obatalá soprava nelas e lhes dava eni, a vida.
Ajalá é o oleiro primordial. A parte de Oxalá responsável pela criação física dos homens, por seu corpo, sua cabeça (onde vive Ori). Ele representa o aspecto mais orgânico do ser humano; o tipo de barro, de maior ou menor qualidade, mais ou menos cozido (o que implica maior ou menor número de problemas), mais claro ou escuro. Ajalá mistura ao barro folhas, frutas, minérios, sangues e uma série de materiais que determinam como será aquela pessoa, como Ori poderá agir nela. Estes ingredientes, com o tempo perdem o axé (energia) e precisam ser, de vez em quando, repostos, o que é feito nos rituais de candomblé, entre eles a iniciação.
Os mais antigos souberam que Ajalá é o Òrìsá Funfun responsável pela criação de Ori. Dessa forma, ensinaram–nos que Osàálá sempre deve ser evocado na cerimônia de bori. Yemoja é a mãe da individualidade e por essa razão está diretamente relacionada a Ori, sendo imprescindível a sua participação no ritual.
Da fusão da palavra bó, que em yoruba significa oferenda, com ori, que quer dizer cabeça, surge o termo bori, que literalmente traduzido significa “Oferenda à Cabeça”. Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode–se afirmar que o bori é uma iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de raspagem, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu bori é (Lesè Òrìsà).
É o ORI INU que gerencia a cabeça física do homem. É o Òrìsá mais importante do ser humano, pois ele é ÚNICO, cada pessoa tem o seu. É Ele quem conhece e está ligado ao destino de cada indivíduo, conhece e sabe das suas restrições, das suas fragilidades , das suas potencialidades. É no ORI que se encontra a ferramenta para a solução dos nossos problemas… ORI RERE = ORI de sorte = Cabeça de sorte, cabeça iluminada ORI BURUKU = ORI sem sorte = Cabeça sem sorte, confusa, insegura, ruim ORI INU = "Cabeça Interna"
O local mais apropriado para realização deste ritual é a casa de santo. Este deve ter bom senso quanto a necessidade de recolhimento. Se o Bori for acompanhado de Eje, é recomendável o recolhimento como meio de repouso e proteção, pois o Ori que está sendo venerado não deve receber energia do sol nem do sereno. O recolhimento evita, ainda, que a "sombra daquele que passou pelo bori seja pisada."
É o BORI que diminui a ansiedade, o medo, a dor e a tristeza, trazendo a esperança, alegria e a harmonia. Desta forma, o BORI é uma das oferendas mais importantes que visa o bem estar individual no Candomblé. O BORI é o ritual que harmoniza o ORI, dando assim a possibilidade de transformar um " ORI BURUKU" em "ORI RERE".
O Ritual de Bori independe de qualquer processo iniciático e independe do culto aos outros Orisás.(variando assim de casa para casa, mas, sem fugir da finalidade em si). Seu objetivo é o de alimentar o Ori, seja qual for o sexo, raça, profissão, idade, nível social da pessoa. O Ritual de Bori é muito sério, complexo e profundo. Por isso, o Sacerdote deve ter grande conhecimento e respeito em relação à questão do Ori e da evolução humana. Ori é o Orisá mais importante na vida de um homem, uma vez que, sem ele, o homem simplesmente não existiria.
Com este ritual busca-se o equilíbrio através da ação do Ori, condutor do destino pessoal. Muitas vezes se realiza um ritual de Bori com o objetivo de afastar o mal do caminho da pessoa, o que não significa que, retirada esta ameaça nenhum outro mal possa ocorrer. Assim sendo, o Ritual de Bori não tem "prazo de validade", não tem freqüência determinada (anual, semestral, mensal, etc.), devendo ser repetido sempre que se mostre necessário. Ori significa, literalmente, cabeça e é, misticamente, o primeiro Orisá a ser cultuado. É ele o portador do destino humano.
Deve conhecer a finalidade e o significado de cada material que usa. Omi, Obi e Orogbò, por exemplo, são elementos indispensáveis no BORI. Omi, a água, representa paz, abundância e fertilidade, enquanto o Obi e o Orogbò é usado para aplacar a fúria das adversidades, alimentar e agradar às divindades.
Cada um, como ensina Orùnmilá – Ifá, deve ser grande em seu próprio caminho, pois, embora se escolha o Ori antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida. A própria cabeça é síntese de caminhos entrecruzados. A individualidade e a iniciação (que são únicas e acabem, muitas vezes, se configurando como sinônimos) começam no ori, que ao mesmo tempo aponta para as seguintes direções: OBI ORI - A TESTA.
OBI OKAN - O CORAÇÃO
OPA OTUM - MÃO DIREITA
OPA OSSI - MÃO ESQUERDA
ESE OTUM - PÉ DIREITO
ESE OSSI - PÉ ESQUERDO.
Da mesma forma, a Terra também é dividida em quatro pontos: norte, sul, leste e oeste; o centro é a referencia, logo toda pessoa deve se colocar como o centro do mundo, tendo à sua volta os pontos cardeais: os caminhos a escolher e seguir. A cabeça é uma síntese do mundo, com todas as possibilidades e contradições.
Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranqüilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao Ori de cada um eleger prioridades e, uma vez cultuado como se deve, proporcioná-las aos seus filhos.
O peixe representa às potencialidades, pois a imensidão do oceano é a sua casa e a liberdade, o seu próprio caminho. As comidas brancas, principalmente os grãos, evocam fertilidade e fartura. Flores, que aguardam a germinação, e frutas, a germinação, simbolizam fartura e riqueza. O pombo branco é o maior símbolo do poder criador, portanto não pode faltar. A noz cola, isto é, o obi é sempre o primeiro alimento oferecido a ori; é a boa semente que se planta e espera-se que dê bons frutos.
O bori prepara a cabeça para que o Òrìsá possa manifestar–se plenamente. Há um provérbio nagô que diz: Ori buruku kósi Òrìsá (A cabeça ruim não tem orixá. É o bori que torna a cabeça boa. Entre as oferendas que são feitas ao ori algumas merecem menção especial. É o caso da galinha d’angola, chamada nos Candomblés de etú ou konkém, que é o maior símbolo de individuação e representa a própria iniciação. A etú é adosú, ou seja, é feita nos mistérios do òrìsá. Ela já nasce com osù, por isso relaciona–se com começo e fim, com a vida e a morte, e por isso está no bori e no asèsè. A cabeça é uma síntese do mundo, com todas as possibilidades e contradições.
Quando estamos em harmonia com ele, superamos os obstáculos mais facilmente e assim, certamente conectados à positividade interna e à dinâmica perfeita da natureza, encontramos a vitória e o sucesso na concretização dos nossos objetivos pessoais. O Sacerdote deve saber que durante este ritual a pessoa somente poderá entrar em transe no momento que seu Orisá for louvado.
Carlinhos Lima

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A REENCARNAÇÃO ESTÁ NA BÍBLIA?




Diversas passagens de maneira clara ou indirecta, contidas nos ensinamentos de Jesus e dos profetas, mostram que a reencarnação está na Bíblia:
"Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Por ventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que vimos: e não aceitais o nosso testemunho.
Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" – (João 3.3-12).
"Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor;
E converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição" – (Malaquias 4.5-6).
"E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos.
E os discípulos o interrogaram, dizendo: porque dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas;
Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista" – (Mateus 17.9-13).
"Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas, e prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem, e nada sabemos, porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra" – (Jó 8.8-9).
"Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer" – (I Coríntios 15.35-36).
A reencarnação não foi inventada pelo Espiritismo. Ela consta nos princípios de diversas religiões orientais desde a mais remota antiguidade. E como mostra as citações acima, ela está explícita ou implicitamente contida na Bíblia, sendo necessárias as mais fantasiosas explicações para colocar ali outros sentidos que não as múltiplas experiências na carne.
Racionalmente não há como negar a reencarnação. Se tivéssemos apenas uma oportunidade de vida terrena, a justiça de Deus seria incompreensível. O Pai, em sua imensa sabedoria, criou seus filhos em igualdade de condições e deu a eles igualmente as mesmas oportunidades de crescimento. Não fosse assim teríamos que admitir um Deus parcial, intolerante, injusto e severo, que permitiria todas as misérias e desigualdades sempre existentes no mundo, aquinhoando uns e castigando outros a seu bel-prazer.
A pluralidade das existências é, pois, necessária ao aprimoramento das qualidades do ser imortal e para bem entender a justiça de Deus. Só pelas múltiplas oportunidades de vida poderemos compreender o amor do Criador por suas criaturas. Ele permite o aprendizado na carne para a conquista da verdadeira morada, a vida espiritual, através do esforço de cada um em vencer suas más tendências para atingir a plenitude, a perfeição.
Somos todos seres atrelados às leis divinas que regem o universo, acreditemos ou não. Uma delas é a lei de evolução dos seres. Seria insensatez supor que em apenas uma existência terrena, atingiremos a tão sonhada perfeição de que nos fala o Mestre em Mateus, capítulo V, versículos 44-48:
"Sede vós logo perfeitos, assim como vosso Pai Celestial é perfeito".
"Somente a reencarnação pode dizer ao homem de onde ele vem, para onde vai, por que se encontra na Terra e justificar todas as anomalias e todas as injustiças aparentes da vida" – (Allan Kardec).
"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" – (I Corintios 15.19).
O QUE É ESPIRITISMO E QUAIS SÃO SEUS PRINCÍPIOS BÁSICOS?
O termo "Espiritismo" é sinónimo de Doutrina Espírita, porém, frequentemente, é utilizado erroneamente para designar qualquer prática do mediunismo (comunicação com os Espíritos), ou confundido com cultos afro-brasileiros (Umbanda, Candomblé, entre outros).
O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada (organizada) em 1857 por um professor francês conhecido como Allan Kardec.
Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia, ciência e religião (moral).
Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados.
O Espiritismo possui cinco princípios básicos, de onde procedem todas as suas práticas:
1 - A existência do Espírito e sua sobrevivência após a morte.
"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular ao alto monte,
E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e os seus vestidos se tornaram brancos como a luz.
E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele" – (Mateus 17.1-3).
Veja também: I Pedro 3.19-20 – I Pedro 4.6 – Marcos 12.26-27 e Romanos 11.15.
2 - A reencarnação.

"Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" – (Mateus 11.13-15).
Veja também Mateus 17.9-13 e João 3.3-13
3 - A lei de causa e efeito.
"Então Jesus disse-lhe: Enfia no seu lugar a tua espada; porque todos que lançarem mão da espada à espada morrerão" – (Mateus 26.52).

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará" – (Gálatas 6.7).
Veja também: Mateus 18.7
4 - A comunicação entre o mundo material e espiritual.
"E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visão, e os vossos velhos sonharão sonhos;
E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas naqueles dias, e profetizarão;" - (Actos 2.17-18).
"E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada duvidando; e também estes seis irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele varão;" - (Actos 11.12).
Veja também: Mateus 17.1-3 – I Samuel 28.11-20 e Números 11.26-30
5 - A evolução progressiva dos Espíritos.
"Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram;
E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha humidade;
E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;
E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E os seus discípulos o interrogavam, dizendo: Que parábola é esta?
E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios de Deus, mas aos outros por parábolas, para que, vendo, não vejam, e, ouvindo, não entendam.
Esta é pois a parábola. A semente é a palavra de Deus;
E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salve, crendo;
E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam;
E a que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;
E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança" – (Lucas 8.5-15).
Veja também: Génesis 28.12
Tais princípios estão contidos na Bíblia e nas cinco obras básicas da Codificação, que os analisa de maneira racional e interessante. São elas:
- O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857). Obra de carácter filosófico. É considerado a espinha dorsal do Espiritismo, já que todas as outras obras partem de seus princípios.
- O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861). Demonstra as consequências morais e filosóficas decorrentes das relações entre o mundo material e espiritual.
- O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864). Parte religiosa e moral da Doutrina Espírita. Ensina a moral cristã através de comentários sobre as principais passagens da vida de Jesus Cristo.
- O CÉU E O INFERNO (1865). Allan Kardec apresenta a verdadeira face do desejado Céu, do temido Inferno, como também do chamado Purgatório. Põe fim às penas eternas, demonstrando que tudo no universo evolui.
- A GÉNESE (1868). Mostra como foi criado o mundo, como apareceram as criaturas e como é o Universo. É a parte científica da Doutrina. Explica a Criação, colocando a Ciência e a Religião face a face.
http://www.espirito.org.br
Nota: Respeitando-se o texto original fizeram-se pequenas correcções